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De certa forma, abordar a experiência da capital permite refletir sobre o caso nacional, uma vez que as medidas implementadas foram frequentemente pioneiras e influenciaram o restante país. A abundante experiência da capital no domínio habitacional e o modo como as intervenções promovidas por entidades públicas e semipúblicas contribuíram para a construção da paisagem urbana de Lisboa revelam-se através de elementos como a arquitetura, a morfologia, o desenho urbano, assim como dos seus destinatários.

A exposição apresenta os resultados urbanos das políticas habitacionais na cidade, destacando as diferenças práticas e conceptuais das várias políticas promulgadas nos últimos 200 anos, em particular no que respeita a opções de arquitetura, morfologia, desenho urbano, destinatários e localização.

Dá-se assim a conhecer a abundante experiência da capital no domínio habitacional e de como as intervenções promovidas por entidades públicas e semipúblicas contribuíram para a construção da paisagem urbana de Lisboa.

Para facilitar aos visitantes uma correta leitura temporal das políticas de habitação, a exposição encontra-se dividida por regimes políticos (Monarquia Constitucional, Primeira República, Ditadura Militar, Estado Novo e Portugal Democrático). Pretende-se, assim, criar um discurso com base em fotografias, plantas, mapas de distribuição e maquetas que potenciem a reflexão sobre a evolução das políticas de habitação na cidade.

Ainda no âmbito desta exposição, e tendo por base a articulação entre a habitação e a cidade, irá decorrer, entre fevereiro e julho, um ciclo de cinema e conversas com especialistas, que pretendem contribuir para a reflexão sobre a habitação e a cidade numa perspetiva temporal e territorial alargada, que perscrute o passado, o presente e o futuro de Lisboa.

Iniciativa desenvolvida no âmbito da comemoração dos 30 anos do PER, em parceria com o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (CICS.NOVA), no seguimento de uma parceria estabelecida com aquela entidade em julho de 2021. A exposição conta também com o apoio da EGEAC / Museu de Lisboa / Palácio Pimenta, onde a mesma decorre até final de abril.