Cromos biográficos
Cromos biográficos
- Mário Soares
- Datas: 1924-2017
Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em Lisboa em 7 de dezembro de 1924 e morreu a 7 de janeiro de 2017. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Lisboa em 1951 e em Direito em 1957. Foi um ativo resistente à ditadura desde os tempos de estudante universitário e responsável pela organização da oposição democrática ao salazarismo.
Pertenceu ao Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF), foi membro da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD) e fundador do MUD Juvenil.
Professor do ensino secundário e diretor do Colégio Moderno, fundado por seu pai, dedicou-se à advocacia tendo defendido vários presos políticos. Representou a família do General Humberto Delgado na investigação do assassinato daquele antigo candidato à Presidência da República, tendo contribuído decisivamente para desvendar as circunstâncias e denunciar as responsabilidades nesse crime cometido pela polícia política de Salazar (PIDE).
Como opositor ao regime ditatorial de Salazar, foi preso 12 vezes pela PIDE, cumprindo cerca de 3 anos de cadeia, foi deportado sem julgamento para São Tomé entre 1968 e 1969, e forçado ao exílio em França entre 1970 e 1974, onde exerceu funções docentes.
Co-fundador da Ação Socialista Portuguesa, em 1962, que viria a transformar-se no partido Socialista, em 1973, foi eleito secretário-geral e reeleito ao longo de 13 anos.
Três dias depois da Revolução do 25 de abril em Portugal, Mário Soares regressou do exílio em França, e pouco tempo depois, foi enviado pela Junta de Salvação Nacional às capitais europeias para obter o reconhecimento político no novo regime democrático.
Fez parte dos primeiros quatro governos provisórios (1974-1978) e exerceu o cargo de primeiro-ministro dos dois primeiros governos constitucionais (de 23-07-1976 a 29-08-1978). Foi ainda primeiro-ministro do IX Governo Constitucional com base numa coligação partidária PS/PSD (1983-85) e assinou o Tratado de Adesão de Portugal à CEE em 1985.
Tomou posse como Presidente da República em 9 de março de 1986, tendo sido reeleito em 13 de janeiro de 1991 para um segundo mandato que viria a terminar em 9 de março de 1996. Como Presidente da República foi um dedicado e explícito defensor do direito de Timor-Leste à independência.
Ao terminar os dois mandatos de presidência da república, passou a assumir a presidência da fundação com o seu nome, que tem certas semelhanças com as bibliotecas presidenciais americanas e tornou-se membro do Conselho de Estado. Em 1999 foi eleito Deputado ao Parlamento Europeu.
Bibliografia
Biografia Mário Soares, Fundação Mário Soares e Maria Barroso [em linha]. Consultado em 30 de março de 2021.
Mário Soares, o primeiro presidente civil da democracia, RTP Ensina [em linha]. Consultado em 30 de março de 2021.
Mário Soares, Parlamento.pt [em linha]. Consultado em 30 de março de 2021.