António Duarte
António Duarte
Nasceu em Lisboa, 1955. Tirou o curso de jornalismo na Escola Superior de Meios de Comunicação Social e estudou violino nos Conservatórios de Música do Porto e de Lisboa.
O jornalismo e a música haveriam de andar ligados até 2002, quando se dedica em exclusividade à produção musical e ao projeto de música eletrónica DWART, que formou em 1985 com sua mulher Manuela Duarte, e que, ao longo dos anos, tem tido a participação de músicos como Vítor Rua, Bernardo Devlin, Nuno Rebelo, Cláudia Efe, Jonas Runa, e do performer Manoel Barbosa.
Como jornalista profissional trabalhou nos semanários “A Ilustração”, “Tempo”, “Se7e”, “O Jornal”, “Jornal de Letras e Artes”. Foi fundador e chefe de redação do semanário musical “Rock Week". Apresentou programas musicais na Rádio Renascença, com Rui Pego e Luís Vitta, e na RTP.
Viveu em Macau entre 1987 e 1999, onde foi assessor de imprensa do governador de Macau, Carlos Melancia, diretor da Rádio Macau e diretor-adjunto do jornal “Macau Hoje”. Colaborou com a BBC World Radio e no jornal de Hong Kong “South China Morning Post”.
No regresso a Portugal trabalhou na SIC, onde integrou o grupo de jornalistas que produziu a série documental “Século XX Português” e fez parte da equipa de grande reportagem liderada por Margarida Marante.
Livros publicados
Prostituição Masculina em Lisboa, Contra-Regra, Lisboa, 1983 (grande reportagem);
A Arte Eléctrica de Ser Português - 25 Anos de Rockʼn Portugal, Bertrand, Lisboa, 1985 (ensaio);
Pʼla China Fora, Edições Forum Cívico, Macau, 1991 (crónicas).
Colaborações em livros
Capítulo sobre Música Popular na História de Portugal Contemporâneo, coordenação de António Reis, Edições Alfa, Lisboa, 1987;
Capítulo “Ibizamatrix”, em Zapp — Estética Pop Rock, de Jorge Lima Barreto, Instituto Açoriano de Cultura, Angra do Heroísmo, 1999;
Uma Última Pergunta - Entrevistas com Mário Cesariny, Documenta / Fundação Cupertino de Miranda, Lisboa, 2020.
Discos editados (DWART)
“Mate” - Música Moderna Portuguesa, 2º Volume, Dansa do Som, 1985;
Red Tapes, dwartmusic, 2009; Flying Kites on the Freeway, dwartmusic, 2017;
Taipei Disco, Holuzan, 2018; Electricidade Estética, Strangelove Music, 2019.
Colaborações em discos
Vydia (1992), Os Ressoadores (1995) e FCSH (2017), de Vítor Rua;
Sonia (2017), com Vítor Rua e Chris Cutler;
Sabotage (2017), com Vítor Rua, Chris Cutler e JP Simões.
Foi produtor executivo e músico convidado no álbum Biombos, dos Telectu (China Recording Company, Pequim, 1994), o primeiro CD de músicos ocidentais gravado, editado e distribuído na República Popular da China.
Participou na gravação do hino oficial da EXPO-98, Pangea, composto por Nuno Rebelo, tendo tocado o instrumento chinês Guzheng.
Tocou em Pequim, em 1998, no clube de música avantgarde Keep in Touch.
Compôs a música para a peça de dança-performance The Sparkling Hallucination, da coreógrafa e bailarina chinesa Jane Lei, no festival Journey to the East, Hong Kong Cultural Centre, 1999.
Executou música eletrónica em atos performativos de Manoel Barbosa, na Bienal de Cerveira, 2011, na galeria Perve, 2013, e na Bienal Jorge Lima Barreto, 2014.
Em 2018, a convite de Vítor rua, integrou a reformação dos Telectu.