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Vítor Rua

Vítor Rua

O Navegador dos Mundos Sonoros

Vítor Rua, um farol cintilante nos vastos oceanos da Composição e da Improvisação, ergueu-se como um colosso nas grandes esferas do mundo, das vastas planícies do antigo bloco soviético aos altivos arranha-céus dos Estados Unidos, das terras ancestrais da China às luzes néon do Japão, dos ritmos vibrantes de Cuba às areias eternas do Egipto, e à tapeçaria cultural de toda a Europa. Sua arte, como uma brisa misteriosa, entrelaçou-se com os titãs da música improvisada e do jazz, entre eles os venerados bateristas Sunny Murray (conhecido pelos seus diálogos sonoros com John Coltrane e sua camaradagem com Miles Davis), Han Bennink, Paul Evans, Gunter Schuller, Barry Altschul, Gerry Hemingway, Ikue Mori, Paul Rutherford, Eddie Prévost, e Chris Cutler. E estes são apenas alguns dos muitos nomes gravados nas páginas do seu livro de alianças artísticas.

O Conspirador das Ondas

Para além deste panteão de percussões, Rua partilhou as suas visões sonoras com mestres como Elliott Sharp, John Butcher, John Edwards, Louis Sclavis, e Evan Parker, Giancarlo Schiaffini. As suas composições, transcendentais na sua complexidade e profundidade, ecoam pelos confins do globo, interpretadas por maestros como John Tilbury, Daniel Kientzy, Giancarlo Schiaffini, Peter Rundle, o Remix Ensemble, e a Orchestrutópica. Em cada nota, um fragmento de sua alma, em cada acorde, um universo inteiro se revela.

O Arquivista do Éter Digital

Com uma produção prolífica que se estende por mais de 300 gravações, Vítor Rua inscreveu o seu legado no éter digital, com quase 200 dessas obras disponíveis em mais de 30 plataformas, incluindo iTunes e Spotify. Mas o seu génio não se limita ao domínio do som; estende-se também ao mundo visual, onde as suas artes plásticas foram expostas em diversas partes do globo, como mapas de uma mente inquieta. Desde 1984, aventurou-se também pelo reino cinematográfico, tecendo uma tapeçaria diversa de obras, desde documentários a animações, como um cineasta visionário que desvenda os mistérios do olhar.

O Alquimista da Produção

Como produtor, Rua moldou as paisagens sonoras de diversos músicos e bandas de rock, pop, e jazz, cimentando ainda mais a sua influência na indústria musical. Mas é na pesquisa sobre o som que ele mergulha em abismos profundos, emergindo como um pensador de rara profundidade. O seu intelecto fértil deu à luz cinco livros, marcando-o também como um erudito das palavras, um poeta da erudição.

O Criador de Mundos

A sua criatividade fervilhante engendrou oito óperas, cada uma um testamento à sua mestria composicional, cada uma um universo próprio onde os elementos se fundem em perfeita harmonia. Amante da vida em todas as suas formas, Rua partilha o seu lar em Lisboa com duas companheira felinas —Alva & Ilda— e um cão chamado Young Yang. Defensor convicto da legalização da canabis, da eutanásia, e do direito de escolha quanto ao aborto, Rua alinha-se politicamente com a esquerda, e caminha pelo mundo sem a sombra do divino, orgulhando-se do seu ateísmo.

O Polímata do Infinito

Assim se ergue Vítor Rua, um polímata cujas obras cruzam os horizontes sonoros, visuais, e intelectuais, deixando uma marca indelével no mundo.