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Ana Cristina Ferrão

Ana Cristina Ferrão

Biografia

Natural de Lisboa, cidadã do mundo, Ana Cristina Ferrão dedica a alma e o coração à comunicação social desde 1979, ano mítico em que conheceu António Sérgio, a par de uma carreira profissional absorvente de mais de quarenta anos na área da consultoria de sistemas de informação.  

Em Setembro de 1979, tem o seu primeiro contacto profissional com a rádio, através do programa Rotação, na Rádio Renascença e o célebre "bichinho" da Rádio instala-se. Em Janeiro de 1980 já na Rádio Comercial, inicia a sua atividade “na sombra” (na função então chamada de assistente) no Rolls Rock , mais tarde chegaria O Som da Frente. Aí cria e desenvolve a icónica rubrica Sinais de Fumo, dedicada à divulgação e contextualização das sonoridades alternativas, sob o motto ARS Radio. 
Na Rádio Comercial assinou colaborações no programa de fim-de-semana A Caixa de Música, e criou, realizou e coapresentou, a convite de Jaime Fernandes, a série de programas semanais Loiras, Ruivas e Morenas, dedicada, como o nome indica, à presença feminina na música. Criou,realizou e coapresentou outras duas longas séries: em 1992, uma dedicada a Jim Morrison e aos Doors, coincidente com o 25º aniversário da edição do single Light My Fire, intitulada Rei Lagarto e Outras Histórias, em 1993 outra dedicada aos Beach Boys intitulada Beach Boys - um Sonho Americano.  
Fora da rádio e no domínio da escrita, em 1990 acedeu ao convite dos Xutos & Pontapés e de Manuel Hermínio Monteiro (alma da editora Assírio & Alvim) e escreveu o livro Conta-me Histórias, uma biografia da banda repleta de aventuras do célebre grupo nacional e de retrato social dos anos 80 em Portugal. Conta-me Histórias conseguiu um impacto notável quer ao nível de vendas, quer nos comentários da imprensa, como o de Manuel Falcão (no Sete) que o considerou como «a inauguração do livro musical no nosso País» ou de Pedro Rolo Duarte que disse dele, ser "um verdadeiro objecto Rock".  
Desde o início ligada ao lançamento da XFM (1993), criou e apresentou uma rúbrica para os programas Grande Delta (de António Sérgio) e Café Virtual (de Aníbal Cabrita) denominada Espanta Espíritos. Numa outra vertente monta para a XFM a infraestrutura informática da primeira playlist Rádio em Portugal, a qual será operada por António Sérgio, Nuno Galopim, Nuno Carlos, Nuno Reis e Ricardo Saló.  
Ainda a convite de Manuel Hermínio Monteiro, escreveu no mês de Agosto de 1995 um livro dedicado a Kurt Cobain, aos Nirvana e a Seattle, reunindo a publicação bilingue das canções de Cobain com "uma visão jornalística sul-europeia sobre o fenómeno Nirvana", como o viria a caracterizar Álvaro Costa no programa Drive-In da Antena 3. 
Em 1996 traduziu Touching from a Distance, a biografia de Ian Curtis, escrita pela sua mulher Deborah Curtis, que viu a edição portuguesa com o título Carícias Distantes. 
Em 1997, com o desfecho infeliz da XFM, regressou em Outubro à Rádio Comercial, assinando a série semanal F.U.C. - Fadas, Unicórnios e Cyborgs - um panfleto sonoro, que se prolongou até 2002.  
Face ao desafio de Luís Montês para fazer durante o festival Super Bock Super Rock um ciclo de Seminários, desenhou e organizou em conjunto com António Sérgio, os Seminários SBSR, que se estrearam em 1999 e duraram 5 anos, com sessões de debate de temas relacionados com a actividade musical e a indústria, contando com presenças de personalidades nacionais e internacionais e localizados em Lisboa e Porto. 
De Fevereiro a Maio de 2002, realizou e apresentou Waiting on Waits, uma série semanal de emissões dedicadas a Tom Waits, em antecipação dos seus novos álbuns Alice e Blood Money. 
No início de setembro de 2002 é convidada por Paulo Ferrão (Lead of Media da Sony Music Portugal) para integrar a comitiva que se deslocaria a Seattle para uma residência/entrevista com os Pearl Jam, para fazer a campanha de lançamento do álbum Riot Act. Opta por dar o seu lugar ao seu querido, Zé Pedro, como prenda de anos. Com base nas gravações obtidas realiza para a Rádio Comercial "o desenho de estação", assim como a pré-produção, para o Especial Pearl Jam que decorreu de setembro a novembro desse ano. 
Com a mudança para a BEST Rock FM, inicia nova rubrica A Fala da Tribo, que mais tarde foi transferida para a Rádio Comercial e se manteve activa até final de 2007. 
A Fala da Tribo teve como objetivo trazer ao conhecimento do publico músicos, artistas plásticos, cineastas, atores, pessoas comuns que marcavam a diferença no marasmo cultural que se instalou na cultura portuguesa, sempre que o convidado o proporcionava incluía uma sessão de música ao vivo em formato unplugged. 
Em Janeiro de 2008, já na Rádio Radar, inicia a rubrica semanal Tira Linhas, adaptação e leitura radiofónica de livros que a apaixonavam. De Dezembro de 2009 a Março de 2014, ainda na Radar, deu continuidade à rubrica de António Sérgio SOS Radar. 
Em 2015 colabora no livro/disco Disco Pirata, a convite dos Rádio Macau destinado a celebrar os 20 anos da banda, cada convidado escreveu uma história original que é acompanhada por uma música.  
Em Junho de 2016, a convite de Maria Guerra, participa como moderadora com Álvaro Costa nos painéis do KISMIF International Conference, de Don Letts e Gina Arnold.  
Em 2017 colabora a convite de Henrique Amaro na coletânea, Cento e Onze discos Portugueses – A música na Rádio Publica, escrevendo sobre Mão Morta e Corpo Diplomático. 
Colabora ainda no filme CASA8, como entrevistada e no projeto fotográfico homónimo. Em Setembro participa na 1st International Conference on Women -Women XXI. 
Em 2022, participa a convite de Henrique Amaro no livro Eu Estive Lá, a par de Isilda Sanches, Luís Almeida e Pedro Fradique. 
Em 2023 é convidada pela Antena 3 para participar na sessão especial de 4 horas dedicada ao Dia da Mulher.  
Adora crianças e cães, ama os amigos, é fã de cinema, fotografia e banda desenhada, é incapaz de adormecer sem ler ou ouvir música. 
Vive atualmente, em Lisboa, com o cão, o coelho, as netas, a filha e o pai.