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Isabel Corda

Biografia

Coordenadora do Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa, desde 2018, sendo responsável pela gestão e preservação do acervo, assim como pela programação cultural. Licenciada em História (FCSH/UNL 1989) e Pós-graduada em Museologia e Conservação (ULHT 1997). Ingressou na CML em 1992 para integrar o Departamento de Conservação e coordenar, até 2017, a área de Tratamento Documental do Arquivo Fotográfico. Participa regularmente em projetos de exposição, desenvolve investigação na área da história da fotografia e no domínio da descrição arquivística. Foi docente convidada, lecionando os Módulos de Conservação e Arquivo e a disciplina de Projeto II, da Licenciatura de Tecnologia da Comunicação Audiovisual, da ESEIG/IPP (2001-2005). Atualmente integra a bolsa de formadores da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação.
E-mail: isabel.corda@cm-lisboa.pt

Raquel Rodrigues

Biografia

Nasceu em Lisboa, 2003. Desde pequena acompanhada pela sua câmera infantil, cultivou uma paixão pela fotografia. Em 2021 realizou voluntariado em Kamnik, Eslovénia, onde redescobrir o seu amor pela imagem. Encontra-se no último ano da licenciatura em Fotografia e Cultura Visual no IADE, UE, Lisboa (2025). Durante este período da sua vida demonstrou um interesse pela fotografia de moda e encontrou um meio de expressão pessoal através da fotografia autoral e da imagem em movimento dando vida às suas fotografias através de filmes.

Ser e Quo Vadis

Sinopse

QUO VADIS
É um projeto profundamente autobiográfico, que reflete uma jornada de introspeção e libertação. Através de uma abordagem intensa, esta série de fotografias explora temas como ansiedade, depressão, dissociação, nudez com uma agressividade implícita e a sensação de falta de auto-reconhecimento. Cada imagem carrega em si o desconforto e a vulnerabilidade vividos, convidando o espectador a mergulhar numa experiência crua e visceral.

SER
É uma obra profundamente autobiográfica que reflete a minha experiência subjetiva e emocional através da fotografia, assumindo a forma de um livro concebido inteiramente por mim, desde o conceito até à materialização. Através deste projeto, procuro estabelecer uma conexão profunda entre o ser humano, a minha própria identidade e a natureza, explorando os sentimentos de dissociação e ansiedade. "SER" surge como uma necessidade de traduzir visualmente a fragmentação da experiência humana, abordando a relação entre eu e o mundo natural como uma tentativa de reconexão. O projeto inspira-se no conceito kantiano do sublime, que ultrapassa a compreensão racional e convida o espectador a sentir algo maior e mais profundo. A natureza, enquanto elemento recorrente no meu trabalho, representa um espaço de transcendência e reflexão, contrastando com o desconforto da dissociação.

Docente: Octávio Alcântara
 

André Cordeiro

Biografia

Vive e trabalha em Lisboa. Desde cedo ligado às artes visuais, entre afotografia, imagem em movimento ou o desenho. Licenciou-se em Fotografia e Cultura Visual no IADE; concluiu 5 anos de desenho no Ar.co e participou no programa de estudos da Maumaus. Em 2023 colaborou com a ZONE Independente Publisher, Roma/Istanbul; 2024 participa no MATE - Music Art Technology Education, exposição colectiva em Coimbra, no Convento de São Francisco, (instalação vídeo); 2024 exposição coletiva dos alunos finalistas da licenciatura de Fotografia e Cultura Visual do IADE na Galeria Homem Mau.
De momento frequenta o mestrado de Design e Cultura Visual no IADE e conclui o curso Project and Photobook Creation Course no Atelier de Lisboa. O seu trabalho rege-se por interseções de tempo e memória.

These Violent Flowers

Sinopse

André Cordeiro reúne um corpo de trabalho fotográfico onde o envolvimento com o que é da ordem do sensorial parece tornar-se evidente na sua prática, assim como a ideia de ausência como um lugar abstrato. Tal lugar funde-se com o tempo e a memória, através de uma fotografia a preto e branco que distancia a realidade representada. A ausência assume um espaço de enorme potencial, que se espalha rizomaticamente e que parece ser uma questão circular. Esta ideia é passada também para a imagem em movimento, onde a sensação de tempo estendido ganha outra expressividade.

Docente: Octávio Alcântara

Clara Pestana

Biografia

Nasceu em Lisboa em 2005, atualmente frequenta a licenciatura em Arte Multimédia da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
 

I Agree (2024)

Sinopse

I Agree é uma série de 98 imagens que através da repetição e da exposição gradual do meu corpo, comunica questões relacionadas com o anonimato e a privacidade, em particular no contexto digital em que diariamente consentimos a mercantilização dos nossos dados.

Docente: Rogério Taveira
 

Margarida Cruz (São Miguel, 2005)

Biografia

Vive em Lisboa onde frequenta a licenciatura em Arte Multimédia da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Tem desenvolvido projetos nas áreas da fotografia, vídeo e instalação.
 

Fulgor (2024)

Sinopse

Fulgor parte da vontade de captar algo pertencente a um universo subconsciente, do sonho. Em registos diários e através da luz procuro uma dualidade entre a presença do corpo em câmara e atrás da câmara, aquilo que observo e como observo. Entre paisagens, objetos ou detalhes surgem registos um tanto invulgares, mas nos quais encontro familiaridade, uma espécie de conforto inconsciente, como se estes elementos fizessem parte de uma memória outrora esquecida.
Este projeto surge no verão de 2024 em São Miguel, Açores e transporta-se inevitavelmente para Lisboa.

Docente: Rogério Taveira
 

Soraia Estrada Silva

Biografia

Natural de Leiria (1992), desenvolve um percurso académico e profissional marcado por uma abordagem multidisciplinar, com um interesse contínuo pelas áreas sociais. Em 2012, iniciou a sua formação em Medicina Chinesa na UMC — experiência que ampliou a sua perceção do corpo, do espaço e das relações, refletindo-se no seu pensamento artístico. Em 2022, concluiu a licenciatura em Fotografia no Instituto Politécnico de Tomar. A sua prática fotográfica centra-se na experimentação, recorrendo a diversos materiais com o objetivo de criar composições visuais que interrogam a natureza da realidade. Atualmente, é finalista do Mestrado em Artes do Som e da Imagem na ESAD e frequenta o curso de Imagem em Movimento na escola Atelier de Lisboa.
E-mail: soraiastrada@gmail.com

O movimento procura a luz

Sinopse

Entre o real e o imaginado, o cérebro humano opera sem fronteiras definidas. A perceção do universo, longe de ser objetiva, reflete a nossa vontade constante de encontrar sentido num mundo que nunca se revela por completo. Se a realidade é uma construção sensível, onde termina a experiência e começa a invenção? A investigação parte da vontade de compreender como o ser humano perceciona, experiência e interpreta o espaço que o rodeia, reconhecendo no Cosmos a expressão dessa procura por significado. A fotografia, utilizada como ferramenta exploratória e reflexiva, questiona a relação entre perceção, imagem e realidade, propondo uma leitura em que o universo exterior e os mundos internos se fundem, dissolvendo as fronteiras entre o que é visto e o que é imaginado.

Docentes: Rui Gonçalves e Miguel Rodrigues
 

Patrícia Silva

Biografia

Finalista do curso de fotografia do Instituto Politécnico de Tomar. No semestre passado esteve na Lituânia no âmbito do projeto Erasmus onde desenvolveu trabalho fotográfico onde aborda a fronteira como tema, explorando uma zona específica situada entre a Lituânia e Kaliningrado. 
e-mail: aps.dasilva@hotmail.com 
site: https://apsdasilva.myportfolio.com 

TVOROS

Sinopse

Fronteira

  1. uma linha que separa dois países, divisões administrativas ou outras áreas.
  2. a borda ou limite de algo, ou a parte próxima a ele.

Este projeto de fotografia documental mergulha na vida quotidiana, nas paisagens e nas identidades culturais das cidades lituanas situadas na fronteira com a região de Kaliningrado, na Rússia. Essas comunidades são afetadas por um passado histórico complexo e um futuro incerto.
Através de uma combinação de retratos e paisagens, TVOROS documenta as maneiras subtis, porém profundas, pelas quais a fronteira influencia a existência diária. Outrora postos estratégicos da era soviética, estes lugares agora existem em um espaço liminar — presas entre a integração europeia e a sombra sempre presente do vizinho russo.
As imagens capturam vestígios do período soviético, ambientes urbanos e naturais abandonados, e antigos postos de fronteira, justapostos a sinais da vida contemporânea e das rotinas daqueles que vivem silenciosamente próximos a um dos enclaves mais militarizados da Europa.
Para além das paisagens físicas, o projeto também explora as dimensões emocionais e culturais da vida nessas cidades fronteiriças. Ele apresenta histórias de pessoas com uma ligação próxima à fronteira e ao seu significado, destacando o impacto econômico e o peso psicológico que ela carrega.
A proximidade com esse território serve como lembrete da tensão política atual e também como um eco do passado que marcou a Lituânia nos anos 90. Ao reunir essas histórias pessoais com a atmosfera histórica e política, TVOROS oferece uma perspetiva visual sobre o que significa viver entre essas duas realidades — e o que significa ter essa fronteira tanto como força física e invisível quanto como presença mental.

Docentes: Rui Gonçalves e Miguel Rodrigues

Laura Lopes (n.2003)

Biografia

Vive e trabalha em Lisboa e é aluna finalista de fotografia na Universidade Lusófona. A sua prática está fundamentalmente enraizada na experiência feminina e no culto à natureza, expressando-se através de vários mediums e explorando as várias dimensões do arquivo e da imagem vernacular, bem como o nu e fotografia conceitual. Em 2024 esteve envolvida no projeto “Spoken Truth” (programa BIP/ERASMUS +) que culminou na realização de uma exposição na LAB University of Applied Sciences, Finlândia. Em 2024 finalizou o seu primeiro fotolivro “Um Lugar Melhor”, uma abordagem documental à maternidade, que esteve incluido na exposição do Over & Out Underground,…

Um lugar melhor

Sinopse

Este projeto nasceu de uma vontade muito enraizada em mim de entender a maternidade. Comecei por procurar uma resposta na experiência das pessoas à minha volta, vi imagens, ouvi histórias, li cartas e fiz muitas perguntas. Continuei a sentir que faltava algo. Percebi que a única pessoa a quem não tinha perguntado era a minha própria mãe. Eu e a minha mãe sempre tivemos uma relação muito intensa, agora percebo que é por sermos muito parecidas. Quando era adolescente dizia que não queria ser nada como ela, agora espero poder ser pelo menos metade da mulher que ela é, um dia. Acho que me faltava ser mulher para entender que a minha mãe também o é. Que a minha mãe antes de ser mãe também foi filha, e menina, e mulher. Que a minha mãe é uma reflexão de todas as mulheres que a amaram bem, e de toda a gente que não o fez. Tudo começou com uma caixa de fotografias que a minha tia me deixou quando morreu, no ano passado. À medida que comecei a desbravar a imensidão de imagens que tinha ali, percebi que de alguma forma a maneira de amar da minha tia era observar. Havia fotos de toda a gente. Especialmente da minha mãe e da minha avó. Sem querer a minha tia criou um acervo de toda a gente que já as amou. Decidi então que queria entender a maternidade através da experiência feminina da minha mãe de amar e ser amada, e de cuidar e ser cuidada. Entender que a maternidade não se cinge ao laço biológico, que no fundo não passa de cuidado e ternura, e de estar presente. Tudo isso era palpável nas fotos, no olhar de quem as tirou, na expressão do que era fotografado, no apreço pelo guardar. Essas mesmas imagens foram um prelúdio às conversas, no início começadas por mim numa tentativa de compreender a linguagem por trás daquelas imagens, entender o antes e o depois, o porquê. A rotina e o espaço de fala que aquelas fotografias abriram, tiraram a minha mãe do papel de matéria e colocaram-na como guia desta pesquisa. Foi assim que o projeto saiu da caixa e começou a estender-se a outros vários arquivos, e outras várias histórias. Sempre com a minha mãe como narradora principal. Este trabalho é dela. É ela a dar-se a conhecer a mim, a deixar que eu entre. Somos nós e todas as outras mulheres que nos amaram antes de nós nos amarmos uma à outra. A minha mãe não conhecia a cara da minha avó, mas a mim faltava-me conhecer melhor o coração da minha mãe.

Docentes: Rodrigo Peixoto e Orlando Franco

Mag Rodrigues

Biografia

Formada em Fotografia e autora de várias séries de trabalhos documentais e de autor, como por exemplo - Subsolo (2018), As Senhoras (2019), Património (2020/21), Covidário (2021), Homenagem à Pacheca e a Todas as Pachecas deste Mundo (2021), Família (2021/22), Fado Ruivo (2022) e A Cor da Luz (2022/23), etc.
Subsolo foi incluído na lista de Best 20 Portfolios no Imago Lisboa Photo Festival de 2019 e a série fotográfica Família valeu-lhe o prémio Melhor Exposição de 2021, atribuído pela  plataforma online Dezanove, tendo sido exposta em Paris no âmbito da Temporada Portugal-França 2022, no Pride Marseille 2023, em Guimarães, entre outras cidades nacionais. Em 2023, incluído na exposição coletiva O Cerco de Lisboa, esteve exposto no Arquivo Municipal de Lisboa A Cor da Luz - Retratos de Pessoas Albinas. As obras deste trabalho foram publicadas na revista Granta n.º 10 e na revista National Geographic Portugal.
Mag foi a vencedora da Residência Artística em Fotografia de 2023, em Cabo Verde, na Ilha de Santiago, num protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Camões.
Encontra-se agora a frequentar mestrado em Fotografia.

Retratos

Sinopse

Retratos em diferentes contextos de invisibilidade. Um olhar direto sobre minorias e sobre dignidade. 

Docentes: Rodrigo Peixoto e Orlando Franco 

Iana Ferreira

Biografia

Estudou Fotografia na Escola Artística António Arroio e formou-se em Imagem no Curso de Cinema da Escola Superior Teatro e Cinema (1993). Doutorou-se pela FCSH (2020) com o tema Ambientes Luminosos. Trabalha há 30 anos em Imagem, em Cinema, onde fez direção de fotografia de curtas-metragens, entre as quais ‘A Piscina’ (2004), que co-realiza, com estreia na 61ª Bienal de Veneza. Participou como Assistente de Imagem em mais de quatro dezenas longas e curtas-metragens. Atualmente é professora de Imagem na Escola Sup. de Teatro e Cinema.
Desde 2021 retomou o seu trabalho na fotografia, tendo, desde então, desenvolvido projetos de fotografia e vídeo e em trabalhos de investigação, residências e ateliers. Entre eles a exposição individual "Pausa" na Galeria Lapso (2022), o projeto coletivo "O Estado da Água" pela DGArtes (2023-24) e a exposição coletiva "Arquipélagos" no Atelier de Lisboa (2024).
 

ALÉM DA FLUIDEZ E DA RESISTÊNCIA

Sinopse

A experiência da água e dos ambientes que a rodeiam. A atenção aos espaços, por ela delineados na sua presença e ausência, habitados e desabitados.

Docente: Bruno Sequeira

Marta Gomes

Biografia

Mestrado em Ciências Documentais, coordena, desde 2001, a biblioteca do Arquivo Municipal de Lisboa e, desde 2011, diversas iniciativas culturais promovidas pelo Arquivo Municipal. Coordenadora editorial da revista científica Cadernos do Arquivo Municipal desde 2014. Formadora na área das Ciências da Informação desde 2013.

Filipa Rosa

Biografia

Vive e trabalha em Lisboa como artista e designer. É atualmente estudante no Mestrado de Fotografia da Universidade Lusófona de Lisboa. Em 2024 conclui o curso ‘Projeto e Construção de um Livro’ (Atelier de Lisboa). Participa no workshop ‘O Acto de Caminhar como Metodologia e Prática Artística e Fotográfica’ em 2022 (Atelier de Lisboa). É licenciada em artes plásticas pela London Guildhall University (‘BA Fine Art’, 2002) e o diploma de ‘Fine Art Foundation’ do Kent Institute of Art & Design de Maidstone (UK), 1999. Acompanhou-a sempre, de forma privada, uma atividade artística que alia elementos das artes plásticas, do design gráfico editorial, da fotografia e da escrita.

EIXOS

Sinopse

Encontro no ato de caminhar-fotografar uma prática quase meditativa (de atenção, foco, enquadramento e reflexão) que me permite conectar com o lugar. O projeto ‘Eixos’ nasce desta necessidade de conexão com o bairro para onde eu me tinha recentemente mudado. Achei curioso aperceber-me que o bairro em questão estava naturalmente fechado e delimitado por três eixos rodoviários, o que identifiquei, não só como barreiras físicas para quem caminha, mas também como entidades de expressão simbólica. Na paisagem do bairro, e nas fotografias que tirei, encontrei um paralelismo entre a violência das vias rápidas para o caminhante e para o fluir do seu ‘sonhar acordado’, e outras barreiras contra as quais esbarravam forças pertencentes ao íntimo, à natureza e ao indomável. “Por trás das plantas, das suas sombras e cores fascinantes, erguem-se geometrias que tentam encaixotar intimidades. Demasiado estanque, o betão parece encerrar como jazigo, seres que ainda respiram. As paredes transpiram e os tijolos transparecem húmidos. Por todo o lado vejo muros, barreiras acústicas, coberturas e revestimentos. O cimento e a força que o contrapõe. Um a impedir o outro, a vedar-lhe o caminho. Então o outro luta e defende-se. Por vezes, algo dócil como uma planta, inocente como a raiz de uma árvore (anciã e sábia) quebra, estala ou rebenta a estrutura que a contém.” Nota biográfica Filipa Rosa vive e trabalha em Lisboa como artista e designer. É atualmente estudante no Mestrado de Fotografia da Universidade Lusófona de Lisboa. Em 2024 conclui o curso ‘Projeto e Construção de um Livro’ (Atelier de Lisboa). Participa no workshop ‘O Acto de Caminhar como Metodologia e Prática Artística e Fotográfica’ em 2022 (Atelier de Lisboa). É licenciada em artes plásticas pela London Guildhall University (‘BA Fine Art’, 2002) e o diploma de ‘Fine Art Foundation’ do Kent Institute of Art & Design de Maidstone (UK), 1999. Acompanhou-a sempre, de forma privada, uma atividade artística que alia elementos das artes plásticas, do design gráfico editorial, da fotografia e da escrita.

Docente: Bruno Sequeira 

Íris Beatriz Teixeira (Sintra, 1992)

Biografia

Artista visual, dedicando-se especialmente à Fotografia e ao Desenho. Iniciou a sua formação em Desenho na Royal Academy of Fine Arts Antwerp, Bélgica (2010 - 2012). Em 2017 licenciou-se em Arqueologia na Universidade de Colónia, Alemanha, e em 2019 completou o seu Mestrado em Filosofia na Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Atualmente, estuda Fotografia no Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa.
E-mail: irisbbt@gmail.com

Being Elsewhere

Sinopse

Antes das fotografias houve um pequeno monte de desenhos abstratos feitos com lápis de cor.
E por cima dos desenhos umas pedras que tinham suficiente peso para as as folhas de papel não voarem. As folhas com as pedras estavam numa mesa na esquina do quarto, entre duas janelas.
Fotografei primeiro os desenhos e pequenas estruturas que tinha comigo para ver como a luz tocava na superfície dos materiais. Pensava nas esculturas em arame da Gego e da Ruth
Asawa, nas sombras que uma linha no espaço deita à medida que o dia vai avançando. A certa altura reparei que quando trabalhava com os negativos na câmara escura a minha
atenção já não estava com as linhas e naquilo que poderia ser considerado plano. As impressões dão um corpo à imagem. Quando trabalhava nas ampliações, tornando os
negativos em positivos, o meu olhar inevitavelmente passava a estar com os corpos no espaço, com o contra luz da janela, com as formas das pedras e a relação entre elas e os
outros objetos pousados sobre a mesa. Vi as impressões lado a lado. Penso que foi aqui que comecei verdadeiramente a fotografar.

Docente: Pedro Tropa

Maria Norton (Lisboa, 1994)

Biografia

Licenciada em Relações Internacionais e Ciência Política (Lisboa), com um mestrado sobre “Violência, conflito e desenvolvimento” (Londres), 
transitando para a Fotografia no Ar.Co (Lisboa), o olhar observador e intuitivo de Maria reflete a sua sede e urgência em compreender e aprender 
sobre e a partir das realidades que a rodeiam, de uma forma mais leve do que aparenta. Seja na República Democrática do Congo ou nos seus 
ambientes mais íntimos em Portugal, Maria questiona essas mesmas realidades apreendidas ou como a sociedade as quer definir, quer politicamente, 
quer socialmente.
E-mail: maria.norton.mgs@gmail.com

République Démocratique du Congo / Girls Just Wanna Have Fun

Sinopse

Os dois trabalhos que ponho em diálogo representam realidades diametralmente opostas, pela sua natureza e contexto, sobre as quais questiono tal como 
me questiono onde me situo em relação a elas. O trabalho sobre a "République Démocratique du Congo"  é de um olhar que vagueia por um país em conflito, 
confrontado a anos de guerra, de violência, de pobreza e de miséria - lugares esses que, hoje, estão tomados pelo grupo armado M23. Ao invés, o trabalho 
"Girls Just Wanna Have Fun" é de um olhar sobre o cotidiano, que divaga maioritariamente por ambientes noturnos, festivos, brilhantes, e aparentemente alegres, 
no qual a presença humana é fugaz. Este deambular que aparenta ser leve e evasivo, é na verdade um olhar intenso e inquieto, que procura uma distração à 
realidade do mundo lá de fora. É essa ambiguidade de realidades que exponho e questiono, que são reflexo do mundo de hoje, e, como uma cria a necessidade 
de escape para a outra.

Docente: Pedro Tropa