Fundos e Coleções
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Arquivos Institucionais e Arquivos Particulares
- Irmandade de São José dos Carpinteiros
- Datas: 1533-1834
- Código de referência: PT/AMLSB/ISJC
- Registo no Catálogo
Documentação produzida e acumulada entre 1533 e 1834, no âmbito das competências da Irmandade de São José dos Carpinteiros, com particular incidência para a informação relacionada com as áreas de atuação da congregação e o exercício de funções dos associados e representantes. Abarca assuntos de cariz religioso, de caridade, de assistência social, de organização administrativa, de fiscalização de ofícios e de ordem social. Inclui documentos originais, cópias e traslados das seguintes áreas funcionais: gestão de culto, gestão financeira, gestão de atos eleitorais, proteção social, gestão de expediente geral, gestão de contencioso administrativo (processos de fiscalização e de controlo dos ofícios de carpinteiro e pedreiro). Integra ainda livros de regimento e compromisso da bandeira de São José, dos ofícios de carpinteiro e de pedreiro.
O arquivo da Confraria de São José, também designada como confraria de carpinteiros e pedreiros, teve como localizações originais as igrejas de Santa Justa e de Santa Rufina, espaços onde a congregação se estabeleceu, desde a data da sua criação, em 1533. O acervo permaneceu nesses espaços até à edificação, em 1545, de um templo próprio, dedicado ao padroeiro, erigido fora das portas de Lisboa, no lugar então designado como de Entre-as-Hortas.
A ermida, construída apenas para uso da irmandade, ao longo do tempo, foi ampliada e intervencionada, passando a ser designada como igreja de São José dos Carpinteiros. Não obstante, a documentação manteve-se sempre sob a posse da confraria e o respetivo arquivo permaneceu na mesma área.
Após inativação da Irmandade de São José, em 1834, a documentação produzida e acumulada transitou para a guarda da Irmandade dos Antigos Ofícios da Casa dos Vinte e Quatro, grémio associativo sucedâneo, com vigência institucional iniciada na mesma altura.
O conjunto documental continuou localizado no espaço inicial, numa zona contígua à igreja de São José dos Carpinteiros e só foi transferido em 2014, quando o proprietário o cedeu à Câmara Municipal de Lisboa, em regime de depósito, por um período de 100 anos. O acervo encontra-se atualmente à guarda do Arquivo Municipal de Lisboa, que o detém, sob a forma jurídica de usufruto, nos termos contratualizados em protocolo.
O Arquivo Municipal de Lisboa tem como missão recolher, guardar, tratar, preservar e divulgar a documentação relativa à memória da cidade, bem como promover a gestão integrada da informação produzida pela Câmara Municipal de Lisboa.
Tratando-se do arquivo da cidade capital de Portugal, constitui um dos maiores e mais antigos arquivos do país, sendo detentor de um vasto acervo documental, desde o século XIII até à atualidade, composto por fundos e coleções de proveniência diversa (quer de instituições quer de particulares), contando com documentação de natureza gráfica e textual, cartográfica e arquitetónica, fotográfica e videográfica, de grande importância para o estudo da cidade e do país.