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Detalhe

Exposição assinala 30 anos da Videoteca

Videoteca assinala 3 décadas a recolher a memória da cidade

Para assinalar os seus 30 anos a Videoteca preparou uma exposição que está patente ao público entre os dias 3 de junho de 2022 e 2 de junho de 2023, nas suas instalações no Largo do Calvário.

A mostra apresenta uma cronologia que destaca os momentos altos da atividade deste equipamento cultural e alguns dos equipamentos audiovisuais que fizeram parte da história da Videoteca, e que podem ajudar o visitante a acompanhar a evolução tecnológica a que se assistiu ao longo das últimas três décadas. A exposição tem entrada livre e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 10:00 e as 17:00 horas.

Este equipamento foi inaugurado a 2 de junho de 1992 dando cumprimento a um desejo do então vereador da Cultura, Dr. João Soares, e inspirado na Vidéothèque de Paris que havia visitado. António Cunha, à data presidente da FPCA (Federação Portuguesa de Cinema e Audiovisuais) e um dos principais organizadores do Festival Audiovisual de Lisboa, assumiu a coordenação do projeto e tornou-o uma realidade na capital portuguesa.

O número 2 do Largo do Calvário, em Alcântara, um edifício pertencente à Sociedade Promotora de Educação Popular (SPEP), foi o espaço escolhido para ali instalar a videoteca. Um espaço simbólico onde funcionou, em 1915, no primeiro andar, o Animatógrafo Promotora, também conhecido por Salão Promotora, posteriormente transformado em cinema moderno nos números 4 e 5, e que manteve as portas abertas até meados da década de 1980. A Câmara Municipal de Lisboa transformou o espaço, e aqui tem permitido o acesso a um acervo videográfico ímpar de imagens em movimento sobre a cidade de Lisboa.

Constituir um acervo videográfico tão vasto e diversificado quanto possível por forma a estimular a utilização e exploração pedagógica dos meios audiovisuais e do vídeo em particular; organizar regularmente ações de animação cultural com a capacidade de potenciar a utilização artística e criativa do vídeo, nomeadamente através da organização de ciclos, mostras, debates e retrospetivas de cinema e vídeo, bem como de ações de formação; por último, criar um núcleo de produção audiovisual que contribuísse para constituir a "memória viva da cidade” através da realização de conteúdos audiovisuais relacionados com Lisboa, foram os objetivos definidos para a Videoteca.

Passados 30 anos, e assistindo-se à democratização do acesso/uso dos audiovisuais, a videoteca adaptou-se aos novos tempos continuando a prosseguir a sua missão: o arquivo e salvaguarda da memória viva da cidade, através da recolha e salvaguarda de imagens em movimento e de filmes de arquivos familiares, da produção de vídeos sobre temas, pessoas e acontecimentos relacionados com Lisboa, como por exemplo, ‘Ophiusa – Uma cidade de Fernando Pessoa’, ‘Varinas - um símbolo de Lisboa’, ‘A Paisagem de Artur Pastor’, e mais recentemente ‘A Arte no Livro’, um documentário sobre uma histórica oficina de encadernação do Bairro Alto.