Detalhe
No âmbito das comemorações do 121º aniversário da Sociedade Promotora de Educação Popular (SPEP), vai ser lançado a 3 de outubro, nas instalações da associação, localizadas na rua das Fontaínhas em Alcântara, o livro A Promotora, uma Associação ao serviço da Comunidade: 120 anos da Sociedade Promotora de Educação Popular.
Esta publicação constitui um complemento à exposição promovida pelo Arquivo Municipal de Lisboa na Biblioteca de Alcântara – José Dias Coelho, que decorreu entre 13 de dezembro de 2024 e 14 de fevereiro de 2025, com o objetivo de assinalar os 120 anos de atividade desta coletividade no território de Alcântara, e de divulgar o projeto arquivístico e de investigação, desenvolvido pelo Arquivo Municipal de Lisboa.
As associações e coletividades, sejam elas de natureza recreativa, cultural, educativa, desportiva ou social, contribuem indelevelmente para o desenvolvimento de um território e para a formação da sua identidade. Em Portugal, as primeiras formas de organização associativa emergiram ainda no século XIX, destacando-se as associações de socorros mútuos, as associações de classe, as cooperativas de consumo e de produção, as caixas de crédito e as associações de instrução popular.
Criadas com o apoio das comunidades locais, para responder a necessidades básicas fundamentais, estas associações constituíram os primeiros espaços de sociabilidade, de fruição cultural e de debate político, assumindo um papel essencial na construção de comunidades mais democráticas e solidárias. Reconhecendo a sua importância, o Arquivo Municipal de Lisboa celebrou um protocolo de colaboração com a Sociedade Promotora de Educação Popular (SPEP), associação recreativa e de ensino, fundada no território de Alcântara, em 1904.
Representando um contributo significativo para o aprofundamento da história da SPEP, fundamenta-se na análise e estudo do seu acervo documental e na recolha de memórias, propondo uma reflexão sobre o papel que as associações desempenham na promoção do bem-estar social, e no desenvolvimento educativo e cultural das comunidades onde atuam. Paralelamente, evidencia o papel estratégico dos arquivos municipais na salvaguarda da memória histórica e coletiva da cidade, e na promoção do acesso público à informação.

